Finanças em Condomínios

Quando administramos um condomínio como síndico, a principal missão é a financeira, e geralmente os moradores desejam:

  1. Gastar menos;
  2. Equilíbrio financeiro;
  3. Realização das obras e benfeitorias;
  4. Não ter nenhum desvio;

Lembramos que, diferentemente das pessoas físicas e jurídicas, onde tem receitas diversificadas, como: salário, vendas, aluguel, serviços, comissões, honorários e outras receitas, nos condomínios basicamente são as taxas condominiais e os rateios, sempre oriundos do condômino. As demais receitas são geralmente insignificantes.

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EMBASAMENTO

O que é condomínio? Conforme o nosso Aurélio: domínio exercido juntamente com outrem; coproprietários.

No Art. 1335 do Código Civil, nos deveres dos condomínios: I – Contribuir para as despesas do condomínio, na proporção de suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção.

Art. 1348 do Código Civil, compete ao síndico: VI – Elaborar o orçamento da receita e da despesa relativo a cada ano; VII – Cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor e cobrar as multas devidas, VIII – prestar contas à assembleia anualmente e quando exigidas.

DESENVOLVIMENTO

  1. No gastar menos:
    1. Redução de custos
    1. Orçamento plural;
    1. Negociação dos custos
    1. Adequação da mão de obra;
    1. Aproveitar a garantia construtiva
    1. Acionar o Seguro em todos os casos;
    1. O que não economizar;
  2. Equilíbrio Financeiro
    1. Controles financeiros;
    1. Fluxo de caixa (vide dicas)
    1. Fundo de reserva e outros fundos
    1. Controle da inadimplência;
    1. Liquidez
    1. Não deixar de pagar ou pagar em duplicidade
    1. Análise dos balancetes
    1. Reduzir despesas extraordinárias com planejamento;
    1. Fundo para eventuais indenizações, em ações trabalhistas e civis;
    1. Como sei que está equilibrado;
    1. Como gerar novos recursos (economia, taxa, chamada de capital);
    1. Cuidado com despesas sazonais;
    1. Utilizar as melhores formas de pagamento (DDR, DA, PIX, dinheiro, cheques);
    1. Acompanhamento de previsto x realizado na Previsão Orçamentária;
  3. Não ter nenhum desvio
    1. Conselho Fiscal;
    1. Auditoria;
    1. Compliance;
    1. Transparência;
    1. Organização;
    1. Código de ética;
    1. Conciliação das contas;
    1. Proteção contra roubos e desvios;
    1. Aproveitar melhor as oportunidades;
  4. Etapas do Desenvolvimento
    1. Pensar no que fazer
      1. Previsão orçamentária
      1. Definição das prioridades
      1. Plano Diretor (definir os investimentos, necessários, úteis e voluptuários)
      1. Projetos
      1. Fontes de custeio dos projetos;
      1. Análise dos projetos (custos e benefícios);
      1. Uso de tecnologias;
    1. Escolha do fazedor ou de quem comprar
      1. Licitação (definição do escopo, pesquisa de alternativas de fornecedores)
      1. Critérios para escolhas (histórico, porte, indicação, pesquisas);
      1. Condições mínimas;
      1. Contratos (análise, amarração, definição da finalidade, cronograma);
    1. Acompanhamento
      1. Das obras (se está sendo feita conforme);
      1. Pagamentos (de acordo com contrato, e realizações e entregas) avaliação do estágio

CONSIDERAÇÕES FINAIS

  1. Análise seletiva dos custos (de grandes custos para os menores);
  2. Geração de receitas extras;
  3. Definir regras e procedimentos (definição de prioridade, seleção de fornecedor, para pagamento);
  4. Criar semáforos, para indicação de como está em relação ao orçado e a real situação financeira;
  5. Definir sempre metas e objetivos continuamente;
  6. Pensar como proprietário, para que não haja desvios de rota;
  7. Buscar relacionamentos e parcerias;
  8. Todo o cuidado por estamos administrando recursos de terceiros;
Luiz Kiyoshi Nakayama
Sócio da Nakayama Gestão Condominial Ltda.